Quem vê hoje as extensões de cílios não imagina o quanto ela remete e estão ligadas a história. Vindas desde o início dos anos 3.500 A.C. aonde ter cílios longos teria outra simbologia, hoje elas são uma indicação de beleza.
Vejamos abaixo as origens e a evolução dos alongamentos de cílios.
A história da extensão de cílios
De onde vieram as extensões de cilios?
De acordo com a revista de beleza Marie Claire, os antigos egípcios começaram a usar pincéis e pomadas para obter cílios volumosos e esvoaçantes em 3500 a.C. No Egito, não eram apenas as mulheres que procuravam alongar os cílios. Homens e mulheres usavam materiais diferentes, como malaquita, para escurecer os cílios. Também é dito que eles desejavam cílios longos para proteger os olhos do sol forte.
Idade média
Aparentemente, de acordo com minhas pesquisas, a idade média pode ser considerada a idade da escuridão para as extensões de cílios. Na Idade Média, a igreja declarou que era um pecado e uma ofensa a Deus que as mulheres exibissem seus cabelos, que eram considerados lascivos. Então elas usavam véus e arrancavam os cabelos para aumentar a linha do cabelo. E depois deram um passo adiante, arrancando suas sobrancelhas e cílios.
Os métodos usados eram perigosos porque os cílios cumprem a importante função de manter a poeira e os detritos longe dos olhos. Felizmente, essa tendência saiu de moda rapidamente.
O Século XIX
O perfumista da rainha Victoria, Eugene Rimmel, criou o primeiro rímel (daí o nome) em meados do século XIX. Sua mistura de cílios continha geleia de vaselina e pó de carvão. A criação pegou rapidamente, tornando-se um marco da moda em 1800 e evoluiu a história das extensões de cílios.
Em 1882, um relatório mostrou que as mulheres parisienses costuravam cabelos nas pálpebras para realce. Mais tarde, as mulheres começaram a transplantar seus cabelos para as pálpebras, de acordo com um artigo publicado em 1899. Na mesma época, houve até relatos de mulheres recebendo cílios implantados com agulhas. O método de transplante não pareceu pegar. No entanto, no século 20, os maquiadores começaram a experimentar ainda mais.
O Século XX e a patente de cílios artificiais
Em 1911, uma inventora canadense chamada Anna Taylor patenteou os cílios artificiais. Sua invenção incluía cílios colados, ou cílios em tira, que se pensava serem feitos de cabelo humano.
Não foi até 1916, durante as filmagens do filme “Intolerance”, que os cílios artificiais começaram a fazer sucesso. Depois de assistir a clipes da performance de Seena Owen, o diretor D.W. Griffith notou que algo estava faltando. Ele decidiu que os olhos de Owen não se destacavam o suficiente. Ele rapidamente corrigiu isso, nomeando o fabricante de perucas para criar cílios maiores para ela.
A técnica do fabricante de perucas incluía tecer cabelos humanos através de gaze e colá-los nas pálpebras da atriz.
Anos 2000
Durante as décadas de 1990 e 2000, nasceram as extensões de cílios semipermanentes. Foi nessa época que as pessoas começaram a buscar cílios mais naturais. Os métodos de aplicação também se tornaram muito mais precisos. As técnicas e materiais que se iniciaram na Coréia foram se espalhando pelo mundo e se aprimorando.
Ano 2022
Minha professora de história na quinta série já dizia, é preciso estudar o passado para entender o presente e construir o futuro. Presentemente o que vemos é uma preocupação com a saúde ocular e a estética é de um ar natural. Hoje o que se espera de uma lash designer, extensionista de cílios é estudo e cuidado. É necessário a técnica certa na acoplagem, os materiais com a qualidade correta, a postura profissional e principalmente conhecimento e responsabilidade com a saúde da cliente.
Fontes:
Origem do Rímel: em poucas palavras – do Egito até agora
https://alchetron.com/Eug%C3%A8ne-Rimmel
https://www.lashlovers.com/blog/the-history-of-eyelash-extensions#:~:text=In%201911%2C%20a%20Canadian%20inventor,his%20New%20York%20City%20salon.
https://www.daydaylashespro.com.br/post/a-hist%C3%B3ria-das-extens%C3%B5es-de-c%C3%ADlios